Sobre o programa

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais – Mestrado Acadêmico – área de avaliação CAPES Ciências Ambientais, aborda inter-relação entre conceitos, metodologias, instrumentos e processos que condicionam os sistemas socioambientais.

As qualificações previstas no Mestrado em Ciências Ambientais são preponderantes para o aperfeiçoamento intelectual dos profissionais, tendo em vista o desenvolvimento científico, tecnológico e sustentável do Brasil, da região e dos municípios.

Com duração de 24 meses, o Mestrado em Ciências Ambientais propicia formação integral e continuada de qualidade, possibilitando ao estudante interagir e contribuir qualitativamente com as demandas locais, regionais, nacionais e internacionais.

Mestrado em Ciências Ambientais

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Mestrado em Ciências Ambientais

  • Proposta do Programa

    • História do Programa

      O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), nível Mestrado, área de avaliação Ciências Ambientais, foi aprovado pela CAPES e recomendado Conselho Nacional de Educação em 2017 (Parecer CNE/CES 228/2017). No dia 31 de julho de 2017 iniciaram as atividades do PPGCA.

      A criação do PPGCA vem ao encontro da missão da Unisul – “formação integral de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação, contribuindo para a melhoria da vida em sociedade”. Além disso, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o PPGCA contribui com a Unisul Visão@2030 de “ser uma universidade reconhecida pela ampliação do acesso à educação de qualidade e por contribuir com o desenvolvimento sustentável em Santa Catarina e no Brasil”.

      A proposta do PPGCA se insere plenamente no contexto de desenvolvimento socioambiental da região Centro-Sul de Santa Catarina, que pode ser identificada a partir de suas mesorregiões geográficas. O centro-sul catarinense é constituído por duas mesorregiões, a Grande Florianópolis e a Sul. Na Grande Florianópolis, o Campus Pedra Branca da Unisul, no município de Palhoça, sedia o PPGCA. A Grande Florianópolis é um retrato fiel das profundas alterações que Santa Catarina tem sofrido nas últimas décadas. A atividade econômica, antes restrita à pesca artesanal e agricultura familiar, desestruturou-se e a área sofreu forte processo de urbanização. O rápido e desordenado crescimento populacional transformou a região na mais urbanizada do Estado, com taxas acima de 92%, predomínio do setor terciário. Apesar das drásticas alterações, a região tem buscado um novo equilíbrio, se destacado como polo tecnológico e, ao mesmo tempo, abrigando uma série de unidades de conservação (UCs) federais, estaduais e municipais (e.g., Reserva Extrativista do Pirajubaé, Parque Estadual do Rio Vermelho, Parque Municipal da Lagoa do Peri).

      Já na região sul catarinense, onde se situa o Campus Tubarão, no município homônimo, e igualmente área-foco do PPGCA, a agropecuária era a atividade econômica básica até a década de 1960. Após este período, a exploração carbonífera e a geração de energia termelétrica dominaram o cenário econômico. Cara e ambientalmente insustentável, a indústria do carvão gerou um imenso passivo ambiental, ainda hoje evidente. Este passivo levou o governo federal a decretar a região como crítica nacional para o controle de poluição (decreto federal 85.206/1980). A exploração do carvão atingiu o seu auge em meados de 1980, declinando fortemente nas décadas posteriores. No início da década de 2010, entretanto, a falta de planejamento energético e elevada demanda por energia deram novo fôlego à mineração e as termelétricas a carvão, mas em patamares inferiores aos anteriores. A queda da exploração carbonífera, no entanto, levou a diversificação produtiva e maior equilíbrio na economia. Recentemente a região sul catarinense tem se tornado polo de energias alternativas como a solar e a eólica. A região destaca-se ainda pela presença do Complexo Lagunar Sul Catarinense, uma das maiores formações estuarinas do Brasil, e uma grande unidade de conservação federal, a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APABF). Tanto o Complexo Lagunar como grande parte da APABF são permeadas por diversos núcleos de populações tradicionais, sejam pescadores, agricultores ou extrativistas. Em paralelo, grandes áreas da planície costeira têm sido ocupadas, em especial pela cultura de arroz, enquanto áreas mais litorâneas experimentam um aumento populacional. Conflitos de uso e apropriação trazem enormes desafios para o planejamento e gestão costeira, na medida em que pressionam a disponibilidade dos bens ambientais, dificultam o ordenamento territorial e põe em risco populações tradicionais e a sustentabilidade do turismo costeiro, primariamente focado em praias arenosas.

      Todas estas transformações ocorridas nas últimas décadas, apesar das particularidades, espelham em grande parte a realidade de desenvolvimento socioambiental brasileiro, via de regra desigual, caótico, e sem planejamento de médio e longo prazos. Assim, a proposta do PPGCA acaba por abraçar, além de questões regionais específicas, desafios de maior escala, em outras regiões do Brasil e mesmo no exterior. Isso pode ser observado na tanto produção acadêmica de docentes e discentes, como nos projetos de pesquisa. Destaca-se que a Unisul é membro signatário do Movimento Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Dentre os objetivos do Movimento, a Unisul deverá:

      1. contribuir para a incorporação dos ODS;
      2. estimular a realização de estudos e pesquisas sobre a avaliação da implementação dos ODS e sobre o desempenho de seus indicadores e metas;
      3. divulgar os ODS e suas metas, de modo a torná-los conhecido pela maior parte possível da sociedade. Neste contexto, docentes do PPGCA tem liderado ações internas e externas da Unisul.

      É exatamente neste cenário de complexidade e heterogeneidade que o PPGCA atua, buscando entender os processos de mudanças passadas e presentes, e planejar novos caminhos de desenvolvimento, integrando harmonicamente ambiente, tecnologia e sociedade. Para enfrentar estes desafios, o PPGCA tem como estratégia formar e qualificar profissionais que compartilham da visão de integrar a responsabilidade ambiental e social ao seu cotidiano, seja uma empresa, escritório, indústria ou universidade. Além da formação numa perspectiva interdisciplinar e foco na sustentabilidade ambiental, o PPGCA busca produzir conhecimento, integrar saberes tradicional e acadêmico, e desenvolver tecnologias úteis à sociedade. Deste modo, transformar o processo de apropriação dos bens naturais, desenvolver tecnologias integradoras e ampliar inclusão social, trabalhando na construção progressiva de sistemas viáveis de governança.

    • Missão

      Formar profissionais para a docência e produção de conhecimento, com perspectiva interdisciplinar, e que produzam impacto na sociedade na busca do desenvolvimento sustentável em âmbito regional, nacional e internacional.

    • Objetivos do Programa

      O PPGCA constitui-se a partir dos seguintes objetivos:

      • Gerar e ampliar conhecimentos, estimular a criatividade científica e tecnológica na área das Ciências Ambientais, buscando o desenvolvimento mais sustentável e o uso de tecnologias limpas;

      • Formar recursos humanos com capacitação técnica e humanística, aptos a implantar ações que busquem a sustentabilidade, qualificando-os para o exercício de atividades profissionais, de ensino e de pesquisa;

      • Intervir regionalmente de forma crítica, reflexiva e ética na busca do desenvolvimento mais sustentável e no uso de tecnologias limpas.

    • Área de Concentração

      O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais atua na área de concentração Tecnologia, Ambiente e Sociedade, avaliando a inter-relação entre conceitos, metodologias, instrumentos e processos que condicionam os sistemas socioambientais. Tomando a tecnologia como elemento de ligação entre abordagens ambientais e sociais, a área está focada em entender as relações entre a natureza, a sociedade e os processos tecnológicos, com a criação de mecanismos consistentes para a construção de soluções ambientais responsáveis, através de uma perspectiva interdisciplinar complexa, mas eminentemente necessária.

    • Linhas de Pesquisa

      Duas linhas de pesquisa, sustentam a área de concentração do PPGCA:

      Tecnologia e Ambiente. Nesta linha os estudos investigam os processos naturais e as interações recíprocas entre os processos naturais e humanos, em diversas escalas de tempo e espaço. Os estudos avaliam ainda os aspectos ambientais das tecnologias, sejam elas ditas tradicionais, ou aquelas valorizadas e aperfeiçoadas com a adoção de novas práticas e tecnologias consorciadas.

      Tecnologia e Sociedade. Nesta linha, os estudos buscam avaliar e desenvolver tecnologias, e investigar estratégias de transferência tendo em vista suas interações socioambientais. A ênfase recai nos processos produtivos mais eficientes e sustentáveis, e na minimização dos problemas decorrentes da relação sociedade e natureza.

    • Perfil de Egressos

      • Atuação crítica, reflexiva e ética, com base em conhecimentos técnico-científicos;

      • Visão interdisciplinar, com capacidade de identificar e gerenciar problemas socioambientais;

      • Atuação dinâmica e criativa, desenvolvendo soluções na busca da sustentabilidade.

    • Amparo Legal

      Documentos Legais

      Regimento do Curso
      Regulamento Interno de Bolsas
      Projeto Pedagógico do Curso

      Resoluções

      Resolução ColPPGCL 01/2018
      Cria disciplina no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do sul de Santa Catarina.

      Resolução ColPPGCL 02/2018
      Cria disciplina no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do sul de Santa Catarina.

      Resolução ColPPGCL 01/2021
      Cria disciplina no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do sul de Santa Catarina.

      Avaliação e documentos normativos da Capes
      Acesse aqui.