Febre, dores no corpo e atrás dos olhos estão entre as principais manifestações da doença

O estado de Santa Catarina já registrou mais de 4 mil casos de dengue no ano de 2023, portanto, é essencial entender quais são os principais sintomas e como se prevenir. Gustavo de Araújo Pinto, que é médico infectologista, doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias, e professor da UniSul, fala sobre a doença e dá dicas para evitar a infecção.
Principais sintomas

De acordo com o professor, a dengue se caracteriza principalmente por febre, dores no corpo e dor retro ocular (atrás dos olhos). Em alguns casos, o paciente pode apresentar vermelhidão no corpo e coceira após a melhoria deste quadro.

Prevenção
Atualmente, a prevenção envolve principalmente evitar picadas de insetos: “É importante evitar os momentos em que os insetos estão mais ativos, como o período da manhã, final do dia, e locais onde os mosquitos estão mais presentes. Além disso, é necessário fazer o uso de repelente”, aponta o professor.

Tratamento
O tratamento da dengue é suportivo, ou seja, é realizado através de hidratação além de medicamentos que melhoram a dor e o mal-estar. Segundo Gustavo, não é recomendado o uso de aspirina, AAS e anti-inflamatórios durante o tratamento. “Em pacientes com quadros mais graves, é necessária internação”, explica o professor da UniSul.

Mosquito Aedes aegypti: Chikungunya e Vírus Zika
Além de ser responsável pela transmissão de dengue, o mosquito também transmite a Chikungunya, doença que se caracteriza por fortes dores articulares, e o Vírus Zika, que diferente das outras duas doenças, não apresenta febre, na maioria das vezes a contaminação gera apenas vermelhidão no corpo. Todavia, é imprescindível se prevenir: “Sabemos que o Zika pode acarretar má formação nos bebês caso a mulher seja contaminada durante a gestação”, ressalta o professor. “Felizmente não registramos casos de Zika em nosso estado, e os de Chikungunya são bem raros no momento”, assegura.

Vacina
“Há uma nova vacina contra a dengue sendo desenvolvida, esperamos que no segundo semestre deste ano ela passe a ser comercializada. Todavia, não há uma data concreta para essa disponibilização nem para quando ela chegará à rede pública, muitos estudos e pesquisas ainda estão sendo realizados”, afirma o professor da UniSul.