Santa Catarina está em estado de alerta por conta do aumento de casos de Dengue nos últimos meses

Segundo levantamento realizado pela Vigilância Sanitária Epidemiológica, o município de Palhoça registrou 1.347 casos positivos de dengue somente este ano, ficando atrás apenas de Florianópolis. De janeiro a março de 2023 foram identificados 23 mil focos do mosquito Aedes aegypti em 209 municípios de Santa Catarina. Atualmente Santa Catarina registra mais de 3 mil casos de dengue.

Diante deste cenário, o curso de Medicina da UniSul, integrante do Ecossistema Ânima, se colocou à disposição do Município de Palhoça para auxiliar no combate à doença. Estudantes do curso de Medicina do Campus Pedra Branca se voluntariaram para trabalhar no combate ao mosquito Aedes aegypti, nas UBSs Bela Vista, Central, Passa Vinte e Ponte do Imaruim, das 19h às 22 horas, recebendo e tratando as pessoas com suspeita ou já acometidas pela dengue.
Com a campanha ‘Onde o mosquito não se cria a Dengue não se espalha’ o Estado vem trabalhando no combate a proliferação do mosquito. A Secretaria de Saúde de Palhoça estendeu os horários de atendimento para o período noturno para que mais pessoas pudessem ser atendidas. Além dos atendimentos nas UBSs, os estudantes do curso de Medicina da UniSul, das fases iniciais, estão atuando nas escolas da região de Palhoça para orientar as crianças sobre prevenção.

O professor e coordenador do curso de Medicina da UniSul, disse que esta ação está sendo importante para o município e para os acadêmicos. “Não é a primeira vez que temos alunos do curso de Medicina sendo voluntários. Desde 2020, com a chegada da pandemia de coronavírus tivemos muitos estudantes empenhados e comprometidos com o cuidado em saúde da população. Desde então inúmeras ações de caráter voluntário tem sido realizada, não somente em Palhoça, mas também em municípios vizinhos. Agora, com o aumento dos casos de dengue não está sendo diferente. Temos diversos alunos atendendo de forma voluntária nas UBS, de segunda a sexta, das 19h às 22 horas”.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está enfrentando uma situação de possível epidemia. Os casos de dengue e chikungunya, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, aumentaram 53% em relação ao ano passado.

Para o aluno Gabriel Luís Cavasan Borges, do oitavo semestre do curso de Medicina e representante do Comitê Voluntariado, o atendimento humanitário é uma grande realização para os estudantes. “Sempre atuei com trabalho voluntário e poder utilizar as competências adquiridas em sala de aula em prol da população é uma das melhores sensações que nós como estudantes, futuros profissionais de medicina e cidadãos, poderíamos sentir. E é muito proveitoso poder receber a população, pois entendemos que nosso trabalho vai além do atendimento, triagem, exames etc. É sobre acolher e educar a população, trabalhando de forma transparente e oferecendo um tratamento humanitário aos pacientes’’, ressalta o aluno.

Como prevenir a dengue: segundo informações da Secretaria de Saúde, o ideal é descartar corretamente o lixo, manter piscinas e calhas limpas, não acumular entulho, não esquecer também dos objetos maiores, como as caixas d’água, que precisam ser tampadas, eliminar água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros como vasos de plantas, pneus, usar repelentes e inseticidas.

Transmissão: a principal forma de transmissão é pela picada dos mosquitos Aedes aegypti.

Sintomas: normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos.